quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Enf.ª Páraquedista Maria Zulmira Pereira André. ( 1931 - 12Set2010 ) " Em quem poder não teve a morte"

Enf.ª Pára-quedista Zulmira

Agora o meu olhar vai para a Enfermeira Zulmira que esteve tanto tempo na Guiné e de quem, com certeza, muita gente conhece. Não me vou referir ao seu desempenho como enfermeira, mas apenas ao seu perfil humano e de certeza que todos concluirão como era ela como enfermeira pára-quedista.

Falar da Zulmira é como falar de um ser especial. Eu acho mesmo que ela é um anjo disfarçado em gente da Terra. Ela é compreensiva como poucos, apaziguadora como ninguém, fala com as mãos e vê com olhos de raio X o que se passa na alma do ser humano.

Se não estivesse a trabalhar era distraída e fazia coisas que nos fazia rir. Nas horas de descontracção alinhava sempre nas brincadeiras, mesmo se fardada e em ambiente militar.

...

A Zulmira hoje, a esta distância da juventude de então, continua a ser um Ser Humano ainda mais maravilhoso, de sentimentos puros, que escuta as lamentações dos outros, mima a alma ferida de quem sofre, apazigua quando as emoções se revelam agitadas dos magoados pelas amarguras inesperadas da vida e sem se aperceber o quanto faz bem aos outros, continua a ser aquele anjo feito gente que se projecta no outro acreditando no ser humano, desculpando comportamentos e levando-nos a saber perdoar a quem nos ofende, de uma forma tão generosa e solidária que chega a ser comovente.

Tem uma fé inabalável, que não impõe a ninguém, limita-se quando fala dela a dizer que Deus é seu amigo e que lhe pede para quando fizer a travessia (palavra dela) Ele esteja lá, para lhe dar a mão e que também gostava que a mãe e avó estivessem presentes para a acolher.

Com perfeita noção que a morte é inevitável, não a incomoda falar dela, no entanto há pouco tempo passou mal e quando nos encontrámos após a crise, disse-me com o ar mais normal da vida e sem qualquer ar de lamechice: “hoje estou aqui, mas há dias atrás, pensei que tinha chegado a hora da travessia e ainda por cima tive medo.”

Situações houve em que todas nós fizemos preces por aqueles que sofreram os horrores da guerra, naturalmente umas mais que outras, mas eu tenho quase a certeza que a Zulmira, com essa intimidade que tem com Deus, deve estar em n.º 1 pela sensibilidade que tem com o sofrimento dos outros. As pessoas que a conhecem bem, sabem que ela é assim, mas sem ponta de “beatice” supérflua ou inútil.

Tenho muita pena das minhas capacidades literárias serem diminutas o que me impede de descrever como é a minha amiga Zulmira como ser humano, pois merecia uma narração mais elaborada pois ela é um poema em forma de mulher.

Escrito por:
Rosa Serra
Ex-Enfermeira Pára-quedista

Morreu uma grande Mulher de armas!
Havemos de nos encontrar um dia e sei que onde estiver é com certeza um lugar mais bonito pela sua presença.
Muito obrigada Zulmira pelos momentos deliciosos que passei a ouvi-la recordar experiências da sua vida. Um coração puro, leal e sincero, jamais te esqueceremos Zulmirinha. Uma grande Senhora, paz a uma grande alma!
Ate sempre...
Um Anjo na Terra.

Rosa Serra (à esquerda) e Zulmira (à direita) entre camaradas pára-quedistas na mata da Guiné em operação.

Anjos da terra que subiam ao céu, e desciam outra vez ao de leve,ou em alvoroçadas evacuações no mato para ajudar, e tanta vez para devolver à vida!...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

PARABÉNS MEU AMOR !



Parabéns minha filha...
Faz hoje oito anos que te vi pela primeira vez e descobri o verdadeiro significado da palavra "AMOR" na sua forma mais pura e verdadeira!
Que consigas concretizar todos os teus sonhos, que vivas as tuas fantasias e que o teu sorriso seja uma fonte de alegria !
Amo-te princesa.

IBÉRICO 2010



Foi um fim de semana cheio de alegria, obrigado a todos os que me aturaram!
Obrigado pela companhia.
Adorei.