sexta-feira, 26 de março de 2010

A FLOR AZUL ....

Um dia, ia cheia de pressa para o trabalho e, de repente, um estranho chocou comigo:
- Oh, desculpe, foi a minha reacção.
E ele respondeu:
-Ah, eu é que peço desculpa, ia distraído e simplesmente nem a vi!
Fomos muito educados um com o outro, aquele estranho e eu. Então, cada um foi para o seu lado. Mais tarde, naquele mesmo dia, eu estava a fazer o jantar e o meu filho parou ao meu lado, tão em silêncio que eu nem me apercebi da sua presença. Quando me virei, apanhei um susto e dei-lhe uma enorme bronca.
Eu disse aquilo com uma certa rudeza. E ele foi embora, certamente com seu pequeno coraçãozinho partido. Eu nem imaginava o quanto tinha sido dura com ele.
Quando me fui deitar, podia ouvir uma voz interna, calma e doce, a dizer-me:
- Enquanto falavas com um estranho na rua, quanta cortesia! Mas com o teu filho, a criança que amas, nem sequer te preocupas-te com isso! Vai dar uma espreitadela no chão da cozinha, vais lá ver algumas flores perto da porta. São flores que ele trouxe para ti. Ele mesmo as apanhou, a cor-de-rosa, a amarela e a azul. Ele ficou quietinho para não estragar a surpresa e tu nem viste as lágrimas nos olhos dele.
Nesse momento, senti-me muito pequena. E agora, era o meu coração que derramava lágrimas. Então, fui até à cama dele e ajoelhei-me ao seu lado.
- Acorda filhinho, acorda. Trouxeste flores para mim?
Ele sorriu:
- Eu encontrei-as por baixo de uma árvore. Eu trouxe porque as achei tão bonitas como tu! Eu sabia que irias gostar, especialmente da azul.
Eu disse:
- Filho, eu estou muito triste pela maneira como agi hoje. Eu não devia ter gritado contigo daquela maneira.
- Ah, mamã, não faz mal, eu amo-te muito!
- Eu também te amo. E adorei as flores, especialmente a azul.

Autor desconhecido

Reflexão:
já parou para pensar que, se morrermos amanhã, a empresa para qual trabalhamos poderá facilmente substituir-nos numa questão de dias? Os amigos, os conhecidos, as pessoas que sempre encontramos no café ou no elevador com as quais somos simpáticos e educados diariamente, após uns dias não mais se lembrarão de nós. Mas as pessoas que nos amam, a família que deixamos para trás, os nossos filhos principalmente, sentirão essa perda para o resto das suas vidas. Nós raramente paramos para pensar nisso. Às vezes, colocamos o nosso esforço em coisas muito menos importantes do que nossa família, do que as pessoas que nos amam, e não nos damos conta do que realmente estamos a perder. Perdemos o tempo de sermos carinhosos, de dizer um "amo-te", de dizer um "obrigado", de dar um sorriso, ou de dizer o quanto cada pessoa é importante para nós. Ao invés disso, muitas vezes agimos rudemente, e não percebemos o quanto isso magoa ...

2 comentários:

João Carlos Pereira disse...

Já conhecia o texto Aida, mas em cada nova leitura a pergunta é sempre a mesma, porquê esta atitude?
Bom fim-de-semana!

Aidocas disse...

Qd li gostei muito, e fez-me reflectir...
A atitude, depende da pessoa!
As vezes é dificil controlar as atitudes, lol
;O)